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"De guitarra a meia espalda na garganta uma toada,
me golpeaba uma saudade a cada curva da estrada...
o meu lenço cor de aurora abanava para a lua
fui cantar em serenata pàra mas linda das xiruas ...
Esbarrei o meu cavalo na soleira da janela
regalando aquela prenda una flor levei para ela
me estendeu a mao serena pois um gesto fez com zelo
em un gesto delicado puso a flor em seus cavelos...
Fiz acordes na guitarra dando vaza para meu canto
comencei a serenata entoando um acalanto...
me postei qual um zorzal bem no pé da laranjeira
percebi que os olhos de ela eram gémeos da boieira...
Silenciou ate um grilo que cantaba por bravata
ea pampa emudeceu para escutar a serenata...
pois quem sabe o meu canto descambou-se na restinga
e os floreos da guitarra fez calar a jacutingas...
Para quem fiz a serenata do rincão era a mais bela
nao perdia em hermosura do que a flor que dei para ela. ..
o perfume da sia dona exalaba primavera
e cantaba este gaúcho galopeado de quimera ...
Terminei a serenata antes do cantar do galo
e um beijo dei a prenda já montado no cavalo. ..
pois fico perante a lua me abanado na janela
e levei na minha boca o sabor dos labios dela...
De guitarra meia espalda me golpeaba uma saudade..."
"Serenata" Letra Rafael Teixeira Chiappetta
Música Lucio Yanel